segunda-feira, 21 de abril de 2008

Radiohead





A ascenção ao estatuto de melhor banda do mundo, passa também por momentos mais fracos. Nem tudo foram rosas na vida das cabeças de rádio (nome que lhes assentaria bem no início de carreira graças à alta rotação "do Hit" da banda pelas frequências do mundo).


Passemos a uma passagem minimalista pela sua discografia:






Pablo Honey (1993)


O álbum de estreia. Mais um na fornada Grunge, um grande nome do Rock Alternativo. Talvez o álbum mais desvalorizado da história do rock. Thom Yorke canta "I wanna be Jim Morrison" em "Anyone can play Guitar". Álbum recheado de boas músicas: "You", "Stop Whispering", "Ripcord" ou "Vegetable", mas o single de apresentação é "Creep" (hino Emo) e fica estampado na ponta de todas as línguas, sendo também motivo de frustrações. O hype gerado em torno desta música fá-los achar que os Radiohead não são mais do que a "Creep", e têm assim motivação para fazer um grande álbum e mostrar ao mundo o verdadeiro lado dos Radiohead.

8.1/10





The Bends (1995)



Álbum que vira uma página na sonoridade da banda. Um álbum extremamente sólido com grandes músicas rock: "Just", "My Iron Lung", "The Bends" ou "Planet Telex", e com boas canções pop: "Street Spirit", "Bulletproof...I wish I was", "High and Dry" ou "Fake Plastic Trees". Uma viagem agradável, ao som do bom Rock Alternativo da época, ou fora de época. "Just" tem um dos melhores telediscos de sempre.

9.2/10




Ok Computer (1997)



O álbum dos Radiohead. Álbum conceptual sobre a sociedade de consumo, a desagregação social e a tecnológia como necessidade humana. Tudo o que os Radiohead são, está aqui definido nesta pequena grande peça de arte. Doze faixas fantásticas, sem ponta de erro, vêm inovar todo o Rock e toda a maneira de criar música. O reinventar do Rock Progressivo dizem alguns, uma mistura de Beatles com Pink Floyd, dizem outros. Bom, o que é certo é que este foi o álbum que mais inspirou, inovou, recriou, e voltou a inovar. Quem diria que o seu single de apresentação seria Paranoid Android (a música mais difícil de ouvir do álbum) chamada "Bohemian Rhapsody dos tempos modernos". Como este nome lhe assenta bem. "Karma Police" é o grande hit do álbum. A música com redenção pop mas que não deixa de ser majestosamente bem feita. Greenwood dá os acordes perfeitos em Electioneering e Climbing Up The Walls. Álbum de génio.

10/10





Kid A (2000)



O previsível foi posto de lado, e a aposta recaiu para um álbum criado de raíz, com uma sonoridade completamente diferente, experimental, deixando de lado as guitarradas e apostando na electrónica, krautrock e jazz. A abrir, uma música integrante na banda sonora de Vanilla Sky. A perfeição reina para estes lados: "Yesterday I woke up sucking a lemon". O começo de uma nova era no lirismo da banda. A grande música do álbum pode ser chamada "The National Anthem". Batida electrónica com jazz à mistura (Skat). Solo perturbador de Sax e Trompete. Não foram lançados quaisqueres singles de apresentação ao álbum. Mesmo assim, vendeu milhões.O que mais se pode pedir a uma banda que se consegue reinventar duas vezes?

10/10





Amnesiac (2001)


Considerado a continuação de Kid A. Existe quem goste mais deste do que o seu antecessor, mas não vem marcar uma grande mudança na discografia dos Radiohead. Mesmo assim, é um álbum composto por grandes músicas e o uso de instrumentos ligados à electrónica predomina mais uma vez. Pyramid Song é o single de apresentação, passando pela perturbadora "Pulk Pull Revolving Doors", cheirando a grandiosa "I Might Be Wrong" e mais umas quantas inovadoras canções com redenções pop. Mais uma vez, a guitarra de Greenwood é deixada de lado, mas o baixo do irmão faz-se ouvir e bem.

9.2/10









Hail to The Thief (2003)



O esperado sucessor do grande "Kid Amnesiac", é quase um tiro ao lado, talvez incompreendido à primeira audição. A abrir, "2+2=5", música enérgica e com um teledisco fabuloso. "Go To Sleep" é A música do álbum. O solo bastante estranho é melhor de se ouvir em versões ao vivo. A música é fabulosa. Todo o álbum está muito bem criado, mas falta algo para o tornar mágico. Guitarras agri-doces fazem-se ouvir em "Scatterbrain". Álbum desconcertado, com boas canções.



8.7/10


In Rainbows (2007)

Clássico. Álbum que ameaçou a indústria musical e abalou as editoras. A banda ideal, a única que podia fazer o que eles fizeram. Mesmo assim, Thom Yorke afirma que este foi o álbum com mais receitas dos Radiohead. Falando da sonoridade, é um álbum bastante sólido, que abre de rompante com batidas secas, linhas de baixo perfeitas (Greenwood em grande no álbum todo) e acordes doces em "15 Step", e passa para o oposto em "Bodysnatchers", a rasgar pano, com um dos Riffs do ano. "Nude" é o single de apresentação (versão modificada de "A Wolf at the Door" presente no Hail to The Thief) e "Weird Fishes/Arpeggi" é desenfreada, confusa e brilhante. "Faust Arp" é como uma homenagem aos Beatles e "Reckoner" é o tema mais forte do álbum. Em "House of Cards" Thom canta frases directas, deixando de fora quaisquer metáforas e acaba com "Videotape", música de eleição pelos membros da banda. Pena ser um conjunto de canções, senão seria o álbum mais forte da banda, sendo assim...


9.4/10



In Rainbows CD 2 (2008)



Contém as músicas que tiveram de ser deixadas de fora da edição normal. Apenas disponível na Box Set. É um cd sólido, com boas músicas. Bastava falar em "Bangers and Mash", música que faria inveja a qualquer banda da actualidade, mas também podemos referir "Down is the New Up" ou "4 Minute Warning".



Ar De Rocker

2 comentários:

Anónimo disse...

Radiohead melhor banda do mundo... Hehe
THE DOORS \o/ Ok, o Ok Computer é um grande álbum, e o resto também é bom.

Ar-de-rocker disse...

Melhor banda do mundo, ainda em actividade ;)

Descrição

Blogue onde irei falar principalmente de música e videojogos. Irei tentar fazer uma abordagem leve ao cinema e outras artes sempre que entrar em contacto com elas.

Teared Clouds

Audição completa do álbum aqui:

Main Dish - Teared Clouds

Blogs

Contador de Visitas


Views Counter