SILENT ALARM (2005)
Em 2004, o EP de estreia surpreendeu. A banda utilizava uma fórmula melhorada do Pós Punk da década de 80 e músicas como "The Answer" mostravam o contrário. Mostravam rock de qualidade superior e dava um cheirinho sobre as potencialidades da banda de eleição dos Franz Ferdinand.
O álbum impressionou, impressiona e volta a impressionar. Consegue superar as expectativas do EP. Não é álbum que se goste à primeira audição. Está muito condensado e complexo. Será preciso ouvi-lo com atenção para o dissecar. Qualquer música tem corpo para single, o que é de louvar num álbum desta década.
A abrir, "Like Eating Glass". O uso de pedais é notório em todo o registo. Russell faz um trabalho notório, a fazer lembrar Jonny Greenwood. As linhas de baixo impressionam também, especialmente nesta música. Kele canta frases de revolta, num álbum em que as letras são complexas e mtafóricas.
"Helicopter" é o segundo single retirado do álbum. É rockeira e tem um riff soberbo. Música que nunca é dispensada de nenhum concerto e marca presença em muitos videos de covers pelo youtube fora.
"Positive Tension" e "She's Hearing Voices" (primeiro single de sempre da banda) são os melhores solos do álbum. A batida dançável faz com que a banda seja apelidada de "Dance Rock", o que é sempre bem-vindo. O trabalho de Russell é notável.
"Banquet" é o único grande hit da banda. Escolhido para spots publicitários, esteve em alta rotação nas televisões, mas passou despercebida. Não foi isso que deu fama à banda. Porém, qualquer pessoa que a ouça reconhece-a. Musicalmente, é um claro exemplo de guitarras Pós-Punk muito bem utilizadas. É incrível como ambas as melodias se encaixam que se de uma só se tratasse. O solo é bastante bom e tem uma linha de baixo agradável.
"Blue Light" e "This Modern Love" são quase baladas, mas com a diferença que são muito bem construídas e complexas, ao contrário das baladas.
"Luno" é exemplo de Punk rápido, puro e duro. Riffs incríveis e batida ultra veloz. "Pioneers" é épica e single, assim como "So Here We Are". Dos temas mais fortes do álbum. A contradição está presente nas melodias agridoces e deprimentes e na batida agressiva, o que é encantador.
"Price of Gasoline" é brutal e desvalorizada pelos próprios membros da banda. Raramente é tocada em concertos, apesar de ser uma preferida dos fãs.
A música final é ambiente quase. "Compliments" foi aproveitada do início de vida da banda. A versão original era mais rápida, mas os acordes eram idênticos. É talvez desvalorizada, pois é uma música extremamente calma, mas é muito boa e muito bem construída.
9.5/10
Ar-de-Rocker
Sem comentários:
Enviar um comentário