O novo álbum dos Coldplay prometia revolução. Revolução essa que no contexto da música não aconteceu, mas dentro da banda a evolução é notória. A banda deixou os comercialismos baratos de lado até porque já não precisa mais deles. Depois da fama e o hype serem atingidos, a banda deixou de tentar ganhar fama e hype, como qualquer banda comercial faria.
O álbum abre com "Life in Technicolour". Uma entrada muito boa com uns riffs bastante viciantes e uma batida bem ritmada com camadas de intrumentos sobre camadas de instrumentos. É bem visível o trabalho de Brian Eno neste campo. De seguida, a voz de Martin faz-se ouvir em "Cemeteries of London" pela primeira vez, depois de uma música instrumental em tom de introdução. Esta segunda faixa soa um bocado a repetição, com refrões orelhudos e bateria repetitiva apenas os efeitos sonoros no fundo vão mudando ao longo da música. Uns acordes pequeninos aqui e ali e está feita mais uma música para um álbum tão revolucionário.
"Lost!" abre com sabor de igreja e tem palmas sincronizadas com uma batida simples mas engraçada. O número de instrumentos de percussão é considerável nesta canção. Mesmo assim e apesar das notas na guitarra, a música soa mais uma vez a repetição. O que a safa ainda é o final a roçar o épico. Por outro lado, "42" é a música mais forte do registo. Começa por ser uma canção pop calma, com a voz de Martin a tocar ao de leve no falseto, mas depois muda e torna-se uma música com um riff bastante bom e uma batida dançável até que se torna numa música rock. Muito boa esta faixa. No fim ainda existe espaço para mais um refrão orelhudo, a imagem de marca da banda. Se a banda falou em revolução, esta música é a que mais se aproxima desse conceito.
"Lovers in Japan/Reign of Love" podia ser melhor fosse ela mais complexa um pouco. É bastante simples mas não o é completamente. É razoável. Nesta faixa é bastante audível a colagem da banda a temas dos U2. Isto falando da primeira parte da faixa, pois a segunda parte é mais forte. Com instrumentos de fundo e um piano, a música é íntima e tem a voz de Chris cantada com delicadeza, como se quer. Enquanto esta era U2, as seguintes estavam destinadas a soar a Arcade Fire. O vocalista é fã assumido de ambas. "Yes" abre com um violino e é uma faixa bastante comprida (o que é novidade na banda). É uma música bastante boa com bastantes instrumentos. Brian Eno apesar de tudo fez um trabalho notável como produtor do registo. "Violent Hill" é o tema de apresentação do álbum e, mais uma vez, cola-se em Arcade Fire na questão da percussão. É audível a imitação à banda canadiana com os bombos a percutir e essa característica é ainda mais visível no teledisco. Não deixa de ser uma faixa forte, com um refrão orelhudo (mais um).
"Strawberry Swing" faixa agradável apesar da repetição. É uma boa canção, mas ameaça tornar-se enjoativa após uma mão cheia de audições. "Death and All His Friends/The Escapist" é mais um 2 em 1. Boa faixa apesar de exagerar nos coros.
A fechar o álbum, "Viva La Vida" tem batida e violinos na abertura. Talvez o ponto mais épico do registo. Boa faixa apesar de tudo.
Um álbum bom. Apesar de não ser a esperada revolução, a evolução em relação à sonoridade da banda é notória.
7/10
Ar De Rocker
O álbum abre com "Life in Technicolour". Uma entrada muito boa com uns riffs bastante viciantes e uma batida bem ritmada com camadas de intrumentos sobre camadas de instrumentos. É bem visível o trabalho de Brian Eno neste campo. De seguida, a voz de Martin faz-se ouvir em "Cemeteries of London" pela primeira vez, depois de uma música instrumental em tom de introdução. Esta segunda faixa soa um bocado a repetição, com refrões orelhudos e bateria repetitiva apenas os efeitos sonoros no fundo vão mudando ao longo da música. Uns acordes pequeninos aqui e ali e está feita mais uma música para um álbum tão revolucionário.
"Lost!" abre com sabor de igreja e tem palmas sincronizadas com uma batida simples mas engraçada. O número de instrumentos de percussão é considerável nesta canção. Mesmo assim e apesar das notas na guitarra, a música soa mais uma vez a repetição. O que a safa ainda é o final a roçar o épico. Por outro lado, "42" é a música mais forte do registo. Começa por ser uma canção pop calma, com a voz de Martin a tocar ao de leve no falseto, mas depois muda e torna-se uma música com um riff bastante bom e uma batida dançável até que se torna numa música rock. Muito boa esta faixa. No fim ainda existe espaço para mais um refrão orelhudo, a imagem de marca da banda. Se a banda falou em revolução, esta música é a que mais se aproxima desse conceito.
"Lovers in Japan/Reign of Love" podia ser melhor fosse ela mais complexa um pouco. É bastante simples mas não o é completamente. É razoável. Nesta faixa é bastante audível a colagem da banda a temas dos U2. Isto falando da primeira parte da faixa, pois a segunda parte é mais forte. Com instrumentos de fundo e um piano, a música é íntima e tem a voz de Chris cantada com delicadeza, como se quer. Enquanto esta era U2, as seguintes estavam destinadas a soar a Arcade Fire. O vocalista é fã assumido de ambas. "Yes" abre com um violino e é uma faixa bastante comprida (o que é novidade na banda). É uma música bastante boa com bastantes instrumentos. Brian Eno apesar de tudo fez um trabalho notável como produtor do registo. "Violent Hill" é o tema de apresentação do álbum e, mais uma vez, cola-se em Arcade Fire na questão da percussão. É audível a imitação à banda canadiana com os bombos a percutir e essa característica é ainda mais visível no teledisco. Não deixa de ser uma faixa forte, com um refrão orelhudo (mais um).
"Strawberry Swing" faixa agradável apesar da repetição. É uma boa canção, mas ameaça tornar-se enjoativa após uma mão cheia de audições. "Death and All His Friends/The Escapist" é mais um 2 em 1. Boa faixa apesar de exagerar nos coros.
A fechar o álbum, "Viva La Vida" tem batida e violinos na abertura. Talvez o ponto mais épico do registo. Boa faixa apesar de tudo.
Um álbum bom. Apesar de não ser a esperada revolução, a evolução em relação à sonoridade da banda é notória.
7/10
Ar De Rocker
1 comentário:
Nunca fui muito à bola com os Coldplay, pois todo o que produziram apenas me divertiam, não conseguiam agarra. Com este Viva La Vida... a história é diferente. Nota-se claramente uma mudança como referiste, e apesar de não ser nem de perto nem de longe um álbum perfeito tem músicas muito boas!
Boa análise!
Cumps
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